domingo, 15 de março de 2009

O menino da rosa e os dois meninos




Doce sugestão






a literatura é uma das mais belas artes que o homem teve o brilhantismo de produzir-reiventar-criar. há genialiades que brincarando com as palavras as tornaram doces aos nossos olhos, à imaginação. simples palavras, assim não rebuscadas, podem nos dizer muito. parece inocência poética sem ingenuidade,. Esta, talvez, só na ação do personagem, mas não na escrita de O menino da rosa*, livro escrito por Tony Monti*. universo de lembrança-ficção, do jogos entre estes, que nos leva a tentar descobrir o que é e o que nao é ao mesmo tempo em que mergulhamos em uma memória compartilhada - a nossa e a dele, o autor ou personagem. Mergulhamos juntos em reminiscências dele enquanto somos invadidos pelas nossa próprias lembranças. é um olhar pra trás e se re-conhecer lá, na infância.


Compartilho a minha imprenssão sobre o livrinho vermelhoalaranjado tornando público um e-mail muito bem endereçado.


São Paulo, aos quinze dias de março, meu quarto, escrevo:

não sei o que acontece que parece que quase nunca consigo me intusiasmar com nada de forma profunda, ainda mais de imediato, assim de ver, se apaixonar e querer mergulhar nesse lago misterioso que é a paixão. Outro dia abri meu armário de livros (eu tenho um armário de livros) e achei um lá, pequenininho, vermelhinho e preto.

foi presente de amigo, um que eu não via há tempos e que deveríamos nos ver mais. ele havia me dado dois livrinhos: um de fotografias da cidade e este vermelhinho. ficou lá esquecido por um tempo longo e agora renasceu quando eu o tirei do armário escuro à luz dos meus olhos curiosos. me apaixonei pelo menino da rosa, este é o nome do livrindo vermelho, na verdade meio alaranjado agora que olhei com mais atenção.

você [meu amigo] me deu a oportunidade de nadar entre as memórias-ficções infantis de Tony. emoção e sorrisos e reflexões e reminiscências quantas coisas eu vivi a cada capítulo: casa terra escola meninas literatura ... , lembrando de tanto quanto podia a minha memória e caindo na relalidade de que os anos passaram mesmo.

Pensei muito em você e em como eu não hávia dado valor a um presente tão especial que você compartilhou comigo. imaginei que o Davino pode ter sentido muito das mesmas emoções que eu vivi a cada página virada. que era um elo entre nós aquelas lembranças de tony, ainda que não tivessemos uma memória infantil comum já que só passados decada e meia de nossas vidas é que ela nos colocou juntos no mundo. tenho dificuldade de ver o valor dos momentos palavras e coisas que me oferecem de boa fé, felizmente me cai as fichas e a ligação adiada pode ser completada e sentida como deveria ser, como foi ter sido mesmo que não foi.

o menino da rosa me fez querer escrever daquilo que sabemos mais, ou que parece que sabemos mais: nós mesmos. e este nós tem eu e você e isso é bom e é bonito também. o menino da rosa é minha última paixão.

vou publicar no meu blog este texto, mas pra você, meu caro, é especialmente em primeira mão porque ele é teu e dos que puderam lê-lo mas é mais teu que meu e dos outros.


*Menino da rosa, O
R$ 17.00


Autor: Tony Monti
ISBN: 978-85-7715-07
Ano: 2008
Edição: 1ª
Páginas: 48


O menino da rosa é o segundo livro de contos de Tony Monti. Seu primeiro livro, O mentiroso (7Letras, 2003) ganhou o Prêmio Nascente e recebeu comentários elogiosos da crítica e dos colegas escritores. Os 29 textos curtos de O menino da rosa apresentam a infância de um menino chamado Tony em algumas de suas facetas: a família, os amigos, as meninas, a escola e as dúvidas. Marcelino Freire observa que as histórias se integram em torno do personagem, a ponto de o livro todo soar, ao mesmo tempo, como uma coletânea de contos e como uma pequena novela. Doses sutis de melancolia, violência e sexualidade temperam a delicadeza da infância apresentada. (fonte: site editora hedra http://www.hedra.com.br)

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